A Polícia Federal (PF) vai colher, ao todo, quatro depoimentos considerados cruciais esta semana no âmbito da investigação da “Abin paralela”.
O inquérito apura o suposto uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem clandestina de desafetos do governo Bolsonaro na gestão de Alexandre Ramagem.
Nesta quarta-feira (17), conforme noticiou a CNN, o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Ramagem (PL-RJ) será ouvido às 15h na PF do Rio de Janeiro. Esta será a primeira vez em que ele falará sobre o caso em que é investigado.
Além dele, há um depoimento marcado para ocorrer na sede da Polícia Federal, em Brasília.
Os agentes da PF, no entanto, mantêm os nomes dos depoentes sob sigilo para não atrapalhar as investigações, conforme antecipou a repórter Gabriela Prado.
Servidores e testemunhas
A CNN apurou que os investigadores vão ouvir esta semana servidores da Agência Brasileira de Inteligência e testemunhas sobre o uso da ferramenta FirstMile, de geolocalização de celulares, e a ligação com o “gabinete do ódio”, montado no Palácio do Planalto no governo anterior.
Na quinta (18) e na sexta (19), outros depoimentos devem ocorrer para a PF fechar em quatro interrogatórios esta semana. Todos foram marcados após a última fase da operação Última Milha, da semana passada, que prendeu cinco pessoas ligadas a Ramagem.
Além de toda a análise de material apreendido nas fases que vêm desde o ano passado, a PF também trabalha com a negociação de três delações premiadas e está em fase de discussão interna com os possíveis colaboradores, conforme noticiou a CNN em junho.
O monitoramento apontado pela PF atingiu parlamentares, servidores públicos federais, advogados, ministros da Suprema Corte e jornalistas. Alexandre Ramagem nega todos os pontos da investigação policial.
Fonte CNN