A Controladoria-Geral da União (CGU) vai pedir acesso às apurações feitas pela corregedoria da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sobre o suposto uso de servidores federais para espionar adversários da família Bolsonaro.
A investigação interna está em fase final e, segundo apurou a CNN, aponta “indícios contundentes de infração disciplinar” por parte de servidores da agência no monitoramento de pessoas próximas a Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente.
De acordo com as investigações da PF, a gestão do atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Abin destacou integrantes da agência para monitorar Allan Lucena, um dos sócios de Jair Renan. Ramagem nega as irregularidades. Jair Renan nunca se manifestou sobre o caso.
Agora, a CGU deve assumir a apuração para analisar a necessidade da abertura de processo administrativo disciplinar (PAD) que, em última instância, pode levar à demissão dos servidores investigados.
Além de Ramagem, ex-diretor da Abin, são apontados como integrantes da espionagem ilegal o militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues e os agentes da PF Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Luiz Felipe Barros Felix. Na época, todos estavam cedidos à Abin.
Giancarlo, Bormevet e Arlotta já respondem a processo na CGU. A partir dos novos elementos, no entanto, os três podem ter uma segunda apuração aberta. No caso de Ramagem e Felix, não há informações sobre processos internos em tramitação.
A investigação sobre os servidores do “caso Jair Renan” deve chegar à CGU às vésperas do fim do mandato da atual corregedora da Abin, Lidiane Souza dos Santos.
Em 31 de agosto, a servidora de carreira da agência deve sair do cargo para a nomeação de José Fernando Moraes Chuy, delegado da PF. A mudança provocou críticas entre os policiais e os servidores da Abin.
Integrantes da agência afirmam que avanços na apuração buscam “blindar” as investigações de possíveis interferências na atual gestão da Abin. A PF teme que a troca de corregedor atrapalhe as apurações.
Fontes da CGU afirmam que o órgão apura todos os casos relativos a servidores que são investigados no suposto esquema de espionagem ilegal, conhecido como “Abin paralela”.
O relatório parcial dos investigadores sobre o caso foi divulgado após a retirada do sigilo de parte da apuração pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, na última operação da “Abin Paralela”, neste mês.
Moraes, no entanto, negou pedido da PF para compartilhamento das informações da investigação com a corregedoria da Abin.
O ministro seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) segundo o qual a medida não seria “recomendável”, uma vez que “foram identificadas ações das novas gestões da Abin” para obstruir as investigações.
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