O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques deixou a prisão para realizar a última edição da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília.
De acordo com a defesa de Silvinei, ele conseguiu pontuação suficiente para prosseguir à próxima etapa.
A primeira fase do 41º Exame de Ordem Unificado foi aplicada no último dia 28. A segunda fase será em 22 de setembro.
A saída temporária foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal confirmou que foi notificada sobre a autorização para que o custodiado realizasse a prova sob escolta da Polícia Penal.
Silvinei havia realizado a edição anterior do exame, mas não foi aprovado.
Quem é Silvinei Vasques?
Nomeado como diretor-geral da PRF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021, Vasques está preso no Complexo da Papuda, em Brasília, desde agosto de 2023, por supostamente tentar interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Segundo a Polícia Federal (PF), ele teria “direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022”.
De acordo com o currículo disponibilizado pelo governo federal, Vasques, atualmente com 49 anos, é graduado em:
- Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
- em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali);
- em Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul);
- e em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc).
Em 25 de novembro de 2022, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa, após ser acusado de uso indevido do cargo que ocupava, bem como de símbolos e imagem da instituição policial durante as eleições presidenciais. Ele nega as acusações.
Em dezembro do mesmo ano, Vasques foi dispensado do cargo. No mesmo mês, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral.
Saída para prova
A OAB não informou o número de presos que realizaram o exame da entidade em 2024.
Este ano, a Ordem acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei aprovada pelo Congresso que restringe as possibilidades de saída temporária de presos.