Presidente da Seccional Sergipe, o médico urologista David Lima
SBU/SE fará mutirão de atendimento para reduzir fila de espera por consulta urológica pelo SUS Dezesseis médicos urologistas atenderão, voluntariamente, na ação que será realizada no dia 30 de novembro, das 7h às 12h, nos hospitais São José e Cirurgia, ambos em Aracaju.
Com o objetivo de ajudar a reduzir a fila de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que aguardam por uma consulta urológica nas redes estadual e municipal de Aracaju, a Sociedade Brasileira de Urologia/Seccional Sergipe (SBU/SE) realizará no dia 30 de novembro, das 7h às 12h, um mutirão de atendimento clínico nos hospitais São José, onde são realizadas as consultas pelo SUS por Aracaju; e Cirurgia, onde acontecem as consultas do SUS pela rede estadual.
Os pacientes atendidos foram escolhidos previamente, e um dos critérios utilizados foi o tempo de fila.
Participarão da ação, voluntariamente, 16 médicos urologistas, todos membros titulares da SBU/SE, e a estimativa é de que 200 consultas sejam realizadas. O presidente da Seccional Sergipe, o médico urologista David Lima, explica que o mutirão encerrará as ações desenvolvidas pela categoria em alusão ao ‘Novembro Azul’, mês em que foram intensificadas, dentro e fora dos consultórios, orientações sobre a necessidade de prevenção e combate ao câncer de próstata, e mais que isso, de que os homens cuidem da saúde de uma maneira integral, em qualquer período do ano.
Durante as consultas do mutirão serão realizados exames de toque retal para detecção de alterações na próstata, e exames laboratoriais complementares à avaliação da saúde do homem.
Esta é a segunda ação do tipo que a SBU/SE realiza no estado este ano. A primeira ocorreu em fevereiro, quando foram realizadas cirurgias de fimose, dentro da campanha de combate e prevenção ao câncer de pênis.
“Já é uma prerrogativa dos urologistas incentivar os pacientes a terem hábitos de vida mais saudáveis, e a fazerem check-up regularmente. Em novembro, intensificamos esse trabalho com foco no câncer de próstata, porque é uma doença silenciosa, que não dá sinais, e esse é um fator que pode agravar muito a doença, pois quando o paciente começa a ter sintomas da patologia, é porque ela já está em um nível mais avançado. Quando descoberta no estágio inicial, as chances de cura são altas”, comenta Dr. David Lima.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que Sergipe deverá registrar 830 casos de tumor maligno da próstata por ano, até 2025. No Brasil, a estimativa é de que surjam 71.730 novos casos da doença este ano, ou seja, 196 por dia. O Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde apontou que em 2023, no país, foram registrados 17.093 óbitos em decorrência do câncer de próstata, o que corresponde a 47 mortes por dia, uma a cada 30 minutos.
Voluntários em prol da saúde e bem-estar
O mutirão de atendimento clínico que será realizado no dia 30 de novembro terá a participação dos seguintes urologistas:
David Lima, Weslley Santiago, Érico Nepomuceno, Lucas Aragão, Lucas Meira, Diogo Smith, Luciano Franco, Catharina Dantas, Jorge Ramos, Rodrigo Tonin, Alexandre Barroto, André Yoichi, João Mussi, Jorge Prado, Ricardo Bragança e Gustavo Araújo.
Grupo de risco
Além da hereditariedade, de ter histórico da doença em familiares de 1º grau, e de ser afrodescendente (homens negros constituem um grupo de risco), o surgimento do câncer de próstata também está ligado a fatores como maus hábitos alimentares, ingestão de alimentos ultraprocessados, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e tabagismo.
Caso não faça parte do grupo de risco, a ida a um urologista é indicada a partir dos 50 anos de idade. Para os que têm algum fator a ser considerado, as consultas devem ser iniciadas já aos 45 anos. O câncer de próstata é uma doença silenciosa, e quando alcança um estágio avançado pode causar sintomas como sangue na urina ou no sêmen, micção frequente (inclusive no período noturno), fluxo urinário fraco ou interrompido, disfunção erétil, dores ósseas e no baixo ventre.
Assessoria